terça-feira, 27 de julho de 2010

Pluft!


"... Viu a própria imagem refletida na água, e seu coração entristecido deu um pulo. O que via não era a criatura desengonçada, cinzenta e sem graça de outrora. Enxergava as penas brancas, as grandes asas e um pescoço longo e sinuoso.
Ele era um cisne! Um cisne, como as aves que tanto admirava.
— Bem-vindo entre nós! — disseram-lhe os três cisnes, curvando os pescoços, em sinal de saudação.
Aquele que num tempo distante tinha sido um patinho feio, humilhado, desprezado e atormentado se sentia agora tão feliz que se perguntava se não era um sonho!
Mas, não! Não estava sonhando".





Existem detalhes que mudam tudo o que veio antes. O problema é quando o antes parece nunca ter existido, diante do agora. A verdade é que essas mudanças de realidade são complexas. O ideal é não pensar.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

You may say i'm a dreamer


Pensei em um lugar onde as pessoas fossem amadas como elas são.

Nada de regras, padrões ou uniformidade: um tempo em que o certo e o errado não existissem, mas que fossem apenas opiniões respeitadas. Falo de uma relação tempo/espaço em que as pessoas, naturalmente, fossem cúmplices. Sem esforços, nem força.

Um tempo no qual não houvesse relógio nem prazo - principalmente pra gente. E em que, depois de cumpridas as tarefas, fosse possível girar, girar e se jogar no gramado, olhando para o céu com a sensação de cair para cima.

Onde as desavenças se resolvessem com desculpas sinceras, com palavras suficientes, com abraços infindáveis. A beleza, a cor da pele ou o nível intelectual seriam meros acessórios dispensáveis.

Sabe de que lugar eu falo?
De quando eu tinha 7 anos.