sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Angústia Desmedida.


Toque de mãos. Rosto no rosto. Coração com coração. Num piscar de olhos estou em meu quarto. Era tudo sonho. Nada além de uma linda ilusão. Que angustiou o coração. Nunca aconteceu. Pesadelo vão. E o sorriso se foi. Os pensamentos se quebraram. Palpitações. Os joelhos estremeceram. Os livros caíram. Um rubor tomou a face. E o olhar, outra direção.

- Doutor, vou morrer?

- Bem, minha jovem, a verdade é que desconheço tais sintomas. Mas acredito que seja aquele mal do qual se morre dia após dia, porém, continua-se vivendo.

- E que mal é esse?

- É o mal de amar.



[SANTOS, Natasha. Angústia Desmedida. In: Palavra Viva. Curitiba: UP, 2007. p.81.]

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